top of page

Actualizado: 29 abr 2023

A situação dos povos indígenas brasileiros sempre foi de luta. Com a gestão do atual presidente Bolsonaro essa luta se intensificou e hoje, devido ao COVID-19, se torna ainda mais urgente. Não se pode esperar ajuda do poder público. A sociedade brasileira deve, através do esforço coletivo, reverter esse quadro.


ree
Sônia Bone Guajajara no acampamento Terra Livre no Distrito Federal, em 2019. Foto: APIB. Fonte: Outras Palavras

Dentre tantos assuntos abordados nos últimos dias nos noticiários pouco se fala da situação indígena, cuja população se encontra vulnerável, especialmente por conta da pandemia do COVID-19. De acordo com números apresentados pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI), estima-se que em 1500 a população indígena no Brasil girava em torno dos 3 milhões de pessoas. Número que hoje reduziu-se para cerca de 900 mil, de acordo com o censo mais recente de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da população indígena ter 252 povos distribuídos por todo o território nacional, o mesmo censo aponta que a nossa população nativa é uma fatia de apenas 0,4% da população total brasileira. Uma redução significativa em um período de 520 anos de História do Brasil, o que claramente demonstra a necessidade de legislações que garantam os direitos desse povo que sofre na pele os efeitos do avanço da economia, da agricultura, do desmatamento, das queimadas, e de doenças.


ree
Mapa mostrando a localização dos povos indígenas habitantes em território brasileiro. Observe que círculos escuros e de maior tamanho representam comunidades com maior densidade populacional. Fonte: IBGE

Desde a chamada redemocratização, período que sucedeu os tempos de ditadura militar, vigente de 1964 até 1985 no Brasil, a situação dos povos indígenas tem evoluído de forma bastante tímida. É verdade que a Constituição de 1988 trouxe importantes avanços nas leis que os protegem, como o fortalecimento da FUNAI cuja finalidade é proteger os direitos dos povos nativos do país. Porém, apesar dos avanços na área jurídica, ainda há muito o que se melhorar para permitir uma vida digna a esses povos.

Praticamente durante os mandatos de todos os presidentes eleitos após a redemocratização houve manifestações por parte de comunidades indígenas reivindicando os direitos conquistados para garantia da sua sobrevivência. Estas manifestações são necessárias para chamar atenção dos diversos setores da sociedade para as ameaças como a grilagem (apropriação indevida) de terras indígenas, massacres liderados por garimpeiros e madeireiros ilegais, e as vezes até mesmo o descaso do poder público com a situação dos povos indígenas.

No tocante ao poder público, a situação apresentou piora com a atual gestão do presidente Jair Bolsonaro, quem, por diversas vezes, demonstrou seu desprezo pela cultura e pelos povos indígenas (e outras minorias, como os quilombolas) do país. Um artigo publicado na webpage da ONG internacional Survival, que luta pelos direitos indígenas, compila frases do presidente Jair Bolsonaro, entre as quais ele se refere a indígenas como “pobres coitados”. Além do que, a gestão Bolsonaro parece comprometida com a derrubada da Floresta Amazônica. Entre janeiro e abril de 2020, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 64% no desmatamento da área de floresta nativa, de acordo com o sistema Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Estes dados foram amplamente divulgados pelos noticiários brasileiros, como através do site UOL e do jornal O Estado de São Paulo. Tal estatística coincide com o período de começo da pandemia de COVID-19 no Brasil. E, ao que tudo indica, isso não é mera coincidência.


Recentes declarações feitas pelo Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, deixam claro que o objetivo do ministério não é a proteção da floresta e sim a sua substituição. Ricardo, por sua vez, atuou como secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e foi acusado de más práticas em relação a temática ambiental. Recentemente, ele se envolveu em novas polêmicas quando a gravação de uma reunião ministerial ocorrida no último mês de abril veio à tona, revelando as intenções do ministro de se aproveitar do período da pandemia, visto a ênfase da mídia no coronavírus, e flexibilizar as leis de proteção ambiental. Ou seja, “deixar passar a boiada”, em referência a expressão utilizada pelo próprio Salles durante a reunião, divulgada pelo jornal O Globo.


Ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e o presidente Jair Bolsonaro. Fonte: jornal The Guardian
Ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e o presidente Jair Bolsonaro. Fonte: jornal The Guardian

Não é de se surpreender, portanto, que os povos indígenas estejam entre os mais afetados pela pandemia provocada pelo COVID-19. Na realidade sua sobrevivência nunca esteve tão ameaçada. Historicamente, esses povos tendem a ser mais afetados por doenças importadas do velho continente e o mundo globalizado faz com que essas enfermidades cheguem mais rápido até suas aldeias. Sebastião Salgado, renomado fotógrafo brasileiro e ativista ambiental, chama a atenção para o fato de que o atual descaso do poder público pela situação indígena pode levar ao extermínio de comunidades inteiras. O fotógrafo e sua esposa Lélia criaram um manifesto através da plataforma Avaaz na forma de um “apelo urgente ao presidente do Brasil e aos líderes do congresso e do judiciário”. O manifesto, que pode ser assinado através deste link, tem como objetivo exigir do poder público proteção das comunidades indígenas contra a pandemia do COVID-19, visto que o vírus pode dizimar estes povos.


ree
O fotógrafo Sebastião Salgado e esposa Lélia. Fonte: TELAM

No entanto, manifestos não irão garantir que tribos isoladas estejam livres da ameaça de extinção pelo COVID-19. É preciso que se combine ao apelo feito por Sebastião e Lélia ações concretas por parte de outros setores da sociedade, incluindo a população em si, para que se possa levar auxílio imediato até esses povos. Felizmente tais atitudes existem e dentre as quais pode-se citar a da organização Amazônia Contra a COVID-19, que visa levantar recursos para auxiliar etnias que vivem na região da Floresta Amazônica, como os Miranha, Ticuna, Kambeba, Wayuri, Sataré-Mawé e Teharin. A iniciativa da organização surgiu através de professores da Universidade Federal do Amazonas de Paritins e visa angariar fundos para a compra e distribuição de kits de higiene e cestas básicas, através da plataforma www.amazoniacontracovid.org.br.


O Brasil atravessa um dos seus momentos mais delicados, enfrentando ao mesmo tempo uma crise econômica, política, ambiental e, recentemente, de saúde pública. É fato que nesse contexto as comunidades que estão à margem da sociedade são as mais afetadas, dentre elas, os grupos indígenas. Estes vem sofrendo diretamente os impactos destas crises através do descaso pela vida indígena por alguns representantes da classe política e do setor público, pelo difícil acesso a bens, serviços e empregos, pela pressão sobre seu espaço causado - entre outros - pelo desmatamento e pela ameaça causada pelo COVID-19. A sociedade tem um papel fundamental para a reversão desse quadro, seja através de ações diretas ou através da pressão sobre o poder público. É também importante que haja discussão, reflexão e aprendizado sobre os costumes e cultura indígena para que cada vez mais entenda-se a importância desses povos para o futuro da nação brasileira e possa-se assim salvaguardar a sua existência.


Fontes consultadas:

Amazônia, Portal. UFAM Parintins lança campanha “Amazônia Contra a Covid-19” que busca doações para ajudar povos da floresta. Portal Amazônia + FRAM. Disponível em: https://portalamazonia.com/noticias/cidadania/ufam-parintins-lanca-campanha-amazonia-contra-a-covid-19-que-busca-doacoes-para-ajudar-povos-da-floresta

Brasil, Survival. 2020. O que Jair Bolsonaro, Presidente-eleito, disse sobre os povos indígenas do Brasil. Survival Brasil. Disponível em: https://survivalbrasil.org/artigos/3543-Bolsonaro

FUNAI. Índios no Brasil – Quem são. Fundação Nacional do Índio. Disponível em http://www.funai.gov.br/index.php/indios-no-brasil/quem-sao?limitstart=0#

FUNAI. Quem Somos. Fundação Nacional do Índio. Disponível em http://www.funai.gov.br/index.php/quem-somos

IBGE. 2010. Indígenas. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em https://indigenas.ibge.gov.br/estudos-especiais-3/o-brasil-indigena

Ricardo, B. & Ricardo, F. 2011. Povos indígenas no Brasil: 2006/2010. Instituto Socioambiental.

TELAM. 2020. El fotógrafo Salgado y su esposa alertan sobre un posible "genocidio" indígena en Brasil. Telam Agencia Nacional de Noticias. Disponível em: https://www.telam.com.ar/notas/202005/459201-salgado-alerta-genocidio-indigena-brasil.html

UOL. 2020. Desmatamento na Amazônia aumenta 64%. Universo Online em parceria com a Agência Estado. -Disponível em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-estado/2020/05/09/desmatamento-na-amazonia-aumenta-64.htm?cmpid=copiaecola

 
 
 

Anteriormente, hablamos sobre cómo la violencia de género aumentó a consecuencia del confinamiento por la pandemia; en esta entrega, abordaremos la precariedad de la educación femenina en países en desarrollo, problema que dadas las circunstancias actuales, ha evidenciado las deficiencias en el sistema nacional de educación.

Según datos de la UNESCO, 111 millones de niñas enroladas en educación se encuentran en naciones en vías de desarrollo, donde el acceso a este derecho ya era difícil antes de la pandemia, ahora, la crisis, la falta de dinero, la no democratización de las plataformas digitales y la renuncia voluntaria de las mujeres para favorecer a sus parejas, incrementarían las tasas de deserción de adolescentes post COVID, exacerbando la brecha de género.


A nivel local, la crisis sanitaria ha ocasionado la suspención obligatoria de todas las actividades no esenciales, el cierre de varias empresas, y el despido intempestivo de miles de trabajadores tanto en el sector público como privado. Según datos publicados por El Comercio, 66.490 trabajadores han perdido su trabajo, impactando directamente en la dinámica de miles de familias ecuatorianas, poniendo en duda la continuidad en el acceso a educación de niños, niñas, adolescentes y jóvenes.



En este momento, estudiantes de todo el país continuan recibiendo clases a través de plataformas virtuales, hecho que representa una contrariedad ya que las políticas ecuatorianas consideran el acceso al internet como un consumo especial y no como un servicio básico, un consumo que no es accesible para las clases populares, y por lo tanto, al no contar con la logística necesaria, miles de niños y niñas no pueden continuar educándose, conviertiendo a la educación en un lujo; estas limitaciones sumadas a la ya precaria situación de escolaridad de niñas y mujeres, incrementa la brecha de género donde las mujeres tienen menos posibilidades de acceder a educación en línea.


Ahora, es importante considerar la renuncia voluntaria de las mujeres a la educación; Ecuador es un país con cifras alarmantes de embarazos adolescentes que terminan como madres solteras, gran parte de estas mujeres no cuentan con sistemas de apoyo que les permitan continuar con su escolarización, por lo que renuncian a su educación en pro de buscar fuentes de ingreso que les permita cubrir las necesidades de sus hijos y familias. La madre soltera es especialmente vulnerable en tiempos de COVID, ya que, ante la falta de trabajo durante la crisis, puede convertirse en víctima de explotación sexual, nuevos embarazos no deseados y matrimonios forzoso, problemas que contribuyen en gran manera a la perpetuación de un círculo de pobreza.


Por otro lado, también encontramos el caso de mujeres que renuncian a iniciar o continuar con sus estudios, para apoyar y promover la carrera de sus parejas, retrasando indiscutiblemente su formación y haciéndolas candidatas no elegibles para ascensos o para ocupar puestos de toma decisiones a niveles jerárquicos. Estas limitantes, sumadas a la reducción del presupuesto para universidades públicas, y el cierre de programas de becas y posgrados por falta de presupuesto en universidades privadas, colocan en una encrucijada a cientos y miles de mujeres cabezas de hogar y madres solteras, cuya única oportunidad para realizar y culminar sus estudios universitarios es accediendo a cupos en universidades públicas o becas en universidades privadas.

La crisis económica causada por la COVID-19 y la corrupción, esta última quizá peor que la pandemia en Ecuador, han agravado la situación de desigualdad e inequidad para la formación profesional de mujeres, que deben interrumpir y abandonar sus estudios desde el nivel preescolar hasta postdoctoral. Finalmente, desde nuestro actuar y pensar planteamos varias alternativas para combatir esta problemática:


  • Generar íconos contemporáneos que motiven a las mujeres, admiramos a Matilde Hidalgo como digna representante, pero nos preguntamos, ¿por qué es el único nombre que ha sonado desde hace un siglo?.

  • Promocionar y reconocer a mujeres ecuatorianas destacadas en sus campos visilizando su trabajo.

  • Exigir la eliminación del ICE al internet y a las computadoras.

  • Promover planes de acceso a computadoras de forma barata.

  • Capacitar y asesorar a los maestros en educación virtual.

En conclusión, los problemas existentes previo a la pandemia se han profundizado, pero estamos a tiempo de solventarlos si los visualizamos y actuamos en consecuencia. El acceso a la educación es un instrumento de liberación económica y de pensamiento, una mujer con formación académica es un medio de desarrollo social, por lo que pese a la crisis se debería impulsar la inversión en educación, pues el no hacerlo significa un retroceso en nuestros derechos.

Fuentes consultadas:

Casas, X. 2020. Proteger la salud reproductiva de las mujeres durante la pandemia. Human Rights Watch. 18 de mayo de 2020. Disponible en internet desde: https://www.hrw.org/es/news/2020/05/18/proteger-la-salud-reproductiva-de-las-mujeres-durante-la-pandemia

COE. 2020. Women’s rights and the COVID-19 pandemic. Disponible en internet desde: https://www.coe.int/en/web/genderequality/women-s-rights-and-covid-19

Mlambo-Ngcuka, P. 2020. Violencia contra las mujeres: la pandemia en la sombra. Disponible en internet desde: https://www.unwomen.org/es/news/stories/2020/4/statement-ed-phumzile-violence-against-women-during-pandemic

Silva, V. 2020. 66400 trabajadores perdieron sus empleos durante la emergencia sanitaria. El comercio. 6 de mayo de 2020. Disponible en internet desde: https://www.elcomercio.com/actualidad/despidos-desempleo-trabajadores-emergencia-sanitaria.html

Villarreal, A. 2020. Coronavirus pandemic exacerbates inequalities for women, UN warns. Disponible en internet desde: https://www.theguardian.com/world/2020/apr/11/un-coronavirus-pandemic-gender-inequalities-women

 
 
 

Para entender cómo la pandemia asevera la situación de vulnerabilidad de las mujeres, debemos entender dónde nos encontrábamos antes de este fenómeno. Hemos dividido este artículo en 4 partes, las cuales abordan diferentes temas referentes a la mujer ecuatoriana en la pandemia. Iniciaremos analizando el más urgente: la violencia doméstica hacia las mujeres y sus hijos.


Históricamente, la violencia contra las mujeres ha sido uno de los grandes problemas sin resolver, especialmente en los países de América Latina; la violación a los derechos humanos con mayor flagrancia incluye la violencia física o sexual proveniente de compañeros sentimentales.


Según datos de la ONU, aproximadamente 4000 millones de personas y 90 países se encuentran atravesando situaciones de confinamiento debido a la pandemia, situación que ha profundizando la violencia de género ya que obliga a las mujeres a convivir con sus agresores, además de los planes truncados de separación lo que ha que millones de mujeres continúen con sus parejas abusivas con quienes ya no tienen ningún nexo sentimental.


ree

Las cifras de la ONU indican un incremento entre el 30 y 40% de llamadas de auxilio en las últimas semanas, además, cientos de miles de refugios para violencia doméstica han llegado a su capacidad máxima.


El aislamiento ha limitado enormemente el acceso a servicios de protección y redes de ayuda social), los servicios públicos, como la policía, están más interesados en perseguir a los transgresores del toque de queda, en lugar de los violentadores dentro de sus casas. Cabe destacar, que las agresiones estarán siempre sub-reportadas debido al temor de mujeres y niñas de verse expuestas a la opinión pública, prejuicios, y falta de acceso a sistemas para realizar el reporte (teléfonos, plataformas públicas, servicios sociales especializados, etc.).


Otro tipo de violencia no explícita es la carga de trabajo en casa a las mujeres de todas las edades. Según un sondeo realizado en el vecino país de Chile por CADEM, el 92% de las mujeres debe combinar el teletrabajo con las labores del hogar, el 56% siente que su trabajo se ha vuelto más pesado, y el 46% de mujeres ha experimentado una mayor carga laboral.


Durante el confinamiento se observa el incremento de las labores de mujeres jóvenes y niñas, quienes han sido designadas para encargarse de adultos mayores, hermanos e hijos que se encuentran fuera de la escuela. Este comportamiento refuerza la idea de que existen roles únicos para las mujeres y pone sobre nuestros hombros una responsabilidad que debe ser compartida.

ree

Ahora bien, ¿qué podemos hacer para solucionar esta problemática?, algunas opciones serían: promover plataformas virtuales, creación de un botón de pánico en el celular, denuncias on-line, video llamadas para consejería y acceso a servicios sociales especializados, todo esto sumando a capacitación del personal de salud en violencia de género, para que sean capaces de detectar señales de alerta tempranas.

En conclusión, las circunstancias a las nos hemos visto sometidos al cumplir con el aislamiento social durante la pandemia, han permitido un aumento en la violencia de género en diferentes ámbitos. Tanto las formas de violencia explícita se han agudizado y constituyen una problemática que debe ser tomada con mayor seriedad y que requiere respuesta y solución urgente.


Fuentes consultadas:

COE. 2020. Women’s rights and the COVID-19 pandemic. Disponible en internet desde: https://www.coe.int/en/web/genderequality/women-s-rights-and-covid-19

El Mostrador. 2020. 46% más de carga laboral con teletrabajo: 92% de las mujeres debe cocinar y limpiar mientras teletrabaja. Disponible en internet desde: https://www.elmostrador.cl/braga/2020/04/20/46-mas-de-carga-laboral-con-teletrabajo-92-de-las-mujeres-debe-cocinar-y-limpiar-mientras-teletrabaja/?fbclid=IwAR2H5nwdoHSZgUSJ0jWpd-OxY7_qTciSLVaux4q9lMLS78AUUKTCIwYm4EA

Infobae. 2020. “¡Hartas!”: las mujeres tienen menos tiempo, hacen más tareas domésticas y están más cansadas en cuarentena.Disponible en internet desde: https://www.infobae.com/sociedad/2020/05/15/hartas-las-mujeres-tienen-menos-tiempo-hacen-mas-tareas-domesticas-y-estan-mas-cansadas-en-cuarentena/?fbclid=IwAR3lZj2KjYn-P36B-X81AChO9k8EIbyzlDez8gO_CNfWLwP-qRS8m6aQDWQ

ONU. 2020. Violencia contra las mujeres: la pandemia en la sombra. Disponible en internet desde: https://www.unwomen.org/es/news/stories/2020/4/statement-ed-phumzile-violence-against-women-during-pandemic

The Guardian. 2020. Coronavirus pandemic exacerbates inequalities for women, UN warns. Disponible en internet desde: https://www.theguardian.com/world/2020/apr/11/un-coronavirus-pandemic-gender-inequalities-women


Fe de erratas:

En el sexto párrafo del presente artículo hubo un error en la cita de la fuente consultada, se ha hecho la revisión y corrección respectiva.

 
 
 
bottom of page